Colégio Q.I Questão de Inteligência
Cabedelo- Intermares-
AV. Mar Verm.
Aluno: Lucas Queiroz
Série: 8ºano
Disciplina: Ciências
Educador: Ana Paula
O estereótipo de
beleza está cada dia presente na vida das pessoas. O indivíduo sempre acha que
tem alguma coisa errada em seu corpo em função do padrão de beleza que é
instituído pela sociedade. Antigamente a cirurgia plástica era aplicada por uma
questão de doença, para prevenir de uma doença, como no caso da retirada da
glândula mamária para se evitar o câncer de mama.
Apesar de ainda
existir esse tipo de cirurgia preventiva nos dias atuais, o que mais se tem
visto são pessoas insatisfeitas com alguma parte do corpo e fazem a cirurgia
apenas para tentar ficar mais bonita. O Brasil ocupa a terceira posição no
ranking mundial em proporção de cirurgias plásticas por pessoa, com 4,6
procedimentos por mil habitantes. Os Estados Unidos lideram em números
absolutos, com a proporção de 3,5 operações por mil habitantes, com 1,1 milhão
de procedimentos em 2011.
Quando o poeta
Vinícius de Moraes escreveu “As muito feias que me perdoem, mas beleza é
fundamental”, não poderia imaginar que a poesia pudesse ganhar tanta força no
tempo e até, quem sabe, ser “atualizada” para “As muito feias que me perdoem,
mas plástica é fundamental”. Atrás da beleza cantada pelo poeta, milhares de
mulheres têm aderido à cirurgia plástica. Dados da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica mostram que, em seis anos, o número de cirurgias estéticas
triplicou no Brasil. Em 1994, foram realizadas 100 mil e, em 2000, esse número
subiu para 300 mil. A popularização desse tipo de cirurgia entre jovens também
cresceu muito. “Em 1994, 5% das cirurgias estéticas no país eram feitas em
jovens contra 15% hoje”, diz o médico Garabet Karabachian Neto, de São Paulo,
em reportagem publicada na revista Crescer**.
O cirurgião plástico Carlos Eduardo Busch Pires, de Maringá, diz que as
mulheres passam por “etapas de preferência” de cirurgias. “Aos 15 anos, a
menina sente-se insegura com seu nariz; portanto, a vontade das adolescentes
que estão passando por essa época da vida é corrigir o nariz. Após a adolescência,
a procura aumenta no que se refere à implantação de próteses de silicone e
lipoaspiração”, diz o cirurgião.
Achar uma mulher que colocou silicone nos seios ou retocou
nariz ou boca não é tão difícil. Susane*, 20, nunca se achou feia, pelo contrário,
mas não se sentia bem usando certos tipos de blusa que evidenciassem o tamanho
real dos seios. Aos 19 anos, “sem medo ou temor algum”, pôs silicone. O medo
nunca foi um obstáculo para Susane. Segundo ela, nunca teve preocupação alguma
e faria tudo de novo se precisasse. “Sou muito vaidosa. Pela beleza, faria tudo
que fosse possível. Não tenho medo de nada.”
Já Kátia*, 22, é uma das milhares de jovens que sonha com seios maiores. “Sonho
com isso desde os 16 anos”. Mas o medo e a insegurança ainda a impedem de pôr
silicone. “Tenho medo de uma rejeição pós-cirúrgica, de ficar cicatriz e da
anestesia também.”
Depois da cirurgia, Susane teve uma ótima recuperação e diz que a auto-estima
aumentou“. Tudo fica bom. Agora posso usar o que quiser; blusinha frente única,
de alcinha; não tenho de me preocupar mais que roupa usar para me sentir bem.”
Para Kátia, o silicone lhe daria maior auto-estima, entretanto não considera
isso primordial para sua vida. “A beleza ajuda e é porta de entrada para muita
coisa, sim! Isso é inegável. Mas não podemos resumir tudo na procura pela
beleza, é preciso outros prazeres além do visual.” Segundo ela, não é todo
sacrifício que vale para ficar bonita. “Os riscos e sofrimentos são grandes.
Porém, existem outros meios de ser feliz e satisfeita comigo mesma.”
Quem não gostaria de encontrar, no espelho, um corpo
esteticamente perfeito? Com curvas bem delineadas, pele macia e coisa e tal?
Nunca a beleza foi tão importante. Nunca se deu tanto crédito a um corpo em
forma, ainda mais hoje, onde a imagem na sociedade da informação vale muito. O
corpo esteticamente bonito transforma vidas.
A beleza modifica, para melhor ou pior, a auto-estima das pessoas. Um corpo
perfeito, 100% inserido no referencial de beleza da sociedade moderna, pode alçar
vidas à fama. A beleza sempre teve importância, desde as primitivas sociedades
até hoje. O culto ao corpo não é novidade. Que o diga Michelangelo, pai de
Davi, ou Da Vinci, o criador da Monalisa. Símbolos, cada um de sua época, do
corpo bem delineado e referências de beleza.
Hoje, quem não é bonito, e mesmo aqueles inseridos no referencial de beleza,
mas, talvez inseguros com a cobrança, tem recursos para, além de ser, se achar
bonito. Homens e mulheres ganharam ajuda da medicina e hoje podem mudar seus
rostos, narizes, pernas, barrigas, peitos, orelhas, mãos... (R.S.)
Fontes: