domingo, 8 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Atividade de Revisão
Exercícios: concordância verbal I
1- Nas
frases a seguir, efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada:
a- A
maioria dos políticos ___________ contra . (votou/votaram)
b- Uma
multidão de torcedores ___________. (gritava/gritavam)
c- Um
enxame __________ no telhado. (pousou/pousaram)
d- Um
enxame de abelhas africanas ___________no telhado. (pousou/pousaram)
e- A
maioria dos custos ____________________. (seria revista/ seria revistos)
f- A
maioria ali ____________ a reforma. (apoiou/apoiaram)
g- Cerca
de vinte pessoas ___________ na delegacia. (acabou/acabaram)
h- Mais
de um policial ____________ no local. (esteve/estiveram)
i- 20%
dos municípios não _____________ acertar as contas com o Estado.
(conseguiu/conseguiram)
j- 80%
da Mata Atlântica não ______________à ação do homem. (resistiu/resistiram)
k- 1%
dos eleitores, apenas, ______________ em partidos de direita. (votou/votaram)
l- Ele
foi um dos que ________________ pelos nossos direitos. (lutou/lutaram)
m- Ana
foi uma das que _____________ no vestibular. (passou/passaram)
n-
Minas Gerais _______________ grandes escritores. (tem/têm)
o- Os
Sertões ______________ muitos historiadores. (influenciou/influenciaram)
p- Os
Estados Unidos ______________ o Iraque. (invadiu/invadiram)
q-
Poucos de nós _____________ o dinheiro. (conseguirão/conseguiremos)
r-
Alguns de nós _____________ escalados para entregar o prêmio. ( foram/fomos)
s- Qual
de nós _____________ o exercício? (fará/farão/faremos)
t-
Nenhum dos presentes ____________ abrir a boca. (ousou/ousaram)
u- Fui
eu que __________ os exercícios. (fiz/fez)
v-
Fomos nós quem _____________ o
quadro.(pintou/pintamos)
2- Complete
as frases seguintes com a forma apropriada do verbo SER, no presente do
indicativo:
a-
Mariana ______________ as alegrias da mãe.
b-
Vidas Secas ___________ uma obra muito conhecida de todos.
c- As
tristezas da família ___________ as peripécias do filho.
d- Os
responsáveis pelo trabalho ___________ sempre nós.
e- Hoje
_________ dia 13 de setembro.
f- Hoje
________ 28 de maio.
g- Seu
problema ___________ eu?
h- O
país __________ nós. Nós ________ a nação brasileira.
i-
_________ exatamente vinte para as três.
j-
Aquilo __________atitudes típicas de adolescente.
3- Que
diferenças de sentidos há entre as frases de cada par?
a- A
vida é os conflitos diários.
b- A
vida são os conflitos diários.
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
c- João
com seu amigo lideraram a greve.
d-
João, com seu amigo, liderou a greve.
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
………………………………………………………………………………………………
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Concordância Verbal
Concordância
Verbal
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu
sujeito.
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.
Casos de concordância verbal:
1) Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.
Ex.: A multidão gritou pelo rádio.
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.
Casos de concordância verbal:
1) Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.
Ex.: A multidão gritou pelo rádio.
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.
f) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará
no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
g)O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido
coletivo) - o
verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do
substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.
2) Sujeito composto
Regra geral
O verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.
Ex.: Irei eu e minhas amigas.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.
2) Sujeito composto
Regra geral
O verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.
Ex.: Irei eu e minhas amigas.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância
por atração com o núcleo mais próximo do verbo.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular.
Exemplos:
Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Dicas:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade.
3) Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar.
Exemplos:
O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola
Figuras de Linguagem
As figuras
de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a
linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar experiências
comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou
poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as
produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada
em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de
significação, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem
classificam-se em:
a) figuras de palavra;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
FIGURAS DE PALAVRA
As figuras de palavra são figuras de linguagem que
consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele
convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na
comunicação.
São figuras de palavras:
a) comparação e) catacrese
b) metáfora
f) sinestesia
c) metonímia
g) antonomásia
d) sinédoque
h) alegoria
Comparação: Ocorre
comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se
identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim
como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer,
assemelhar-se e outros.
Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.
Metáfora: Ocorre
metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança
resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser
entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso,
mas subentendido.
Exemplo: "Supondo o espírito
humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão."
Metonímia: Ocorre
metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas
algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua.
Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de
inúmeros modos:
a
causa pelo efeito e vice-versa:
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento 2
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
2 Com trabalho.
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento 2
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
2 Com trabalho.
o
lugar de origem ou de produção pelo produto:
Comprei uma garrafa do legítimo porto 3.
3 O vinho da cidade do Porto.
Comprei uma garrafa do legítimo porto 3.
3 O vinho da cidade do Porto.
o
autor pela obra:
Ela parecia ler Jorge Amado 4.
4 A obra de Jorge Amado.
Ela parecia ler Jorge Amado 4.
4 A obra de Jorge Amado.
o
abstrato pelo concreto e vice-versa:
Não devemos contar com o seu coração 5.
5 Sentimento, sensibilidade.
Não devemos contar com o seu coração 5.
5 Sentimento, sensibilidade.
Sinédoque: Ocorre
sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou
redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos
sinédoque nos seguintes casos:
o
todo pela parte e vice-versa:
"A cidade inteira 1 viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos 2 de seu cavalo."
1 O povo. 2 Parte das patas.
"A cidade inteira 1 viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos 2 de seu cavalo."
1 O povo. 2 Parte das patas.
o
singular pelo plural e vice-versa:
O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
3 Todos os paulistas. 4 Todos os cariocas.
O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
3 Todos os paulistas. 4 Todos os cariocas.
o
indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Para os artistas ele foi um mecenas 5.
5 Protetor.
Para os artistas ele foi um mecenas 5.
5 Protetor.
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.
Catacrese: A catacrese é
um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em
que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e
pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito
estilístico." (Othon M. Garcia)
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de
prego, mão de direção, ventre da terra, asa da
xícara, sacar dinheiro no banco.
Sinestesia: A sinestesia
consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações
podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho,
no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de
musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação
visual] e úmida, macia [sensações táteis],
quase irreal." (Augusto Meyer)
Antonomásia: Ocorre
antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou
fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido,
alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.)
do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
1 Cristo
"E ao rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
1 Cristo
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)
Alegoria:
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao
mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação
global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na
alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é
comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro
metafórico.
Exemplo: "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O
tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários,
quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do
mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a
orquestra é excelente... (Machado de Assis)
FIGURAS DE HARMONIA
Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos
produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se
procura "imitar"sons produzidos por coisas ou seres.
As figuras de linguagem de harmonia ou de som são:
a) aliteração
c) assonância
b) paronomásia
d) onomatopéia
Aliteração:
Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares,
geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: "Toda gente
homenageia Januária
na janela."
Assonância: Ocorre
assonância quando há repetição
da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
Exemplo: "Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
Paronomásia: Ocorre
paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de
significados diferentes.
Exemplo: "Berro pelo aterro pelo
desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
Onomatopéia: Ocorre quando
uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.
Exemplo: "O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se
referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
São figuras de linguagem de pensamento:
a) antítese
d) apóstrofe
g) paradoxo
b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
c) ironia f) prosopopéia i) perífrase
b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
c) ironia f) prosopopéia i) perífrase
Antítese:
Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou
expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos ou inimigos estão,
amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal,
e fazem-nos bem. Outros
nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui
Barbosa)
Apóstrofe:
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo,
real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada
para dar ênfase à expressão.
Exemplo: "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro
Alves)
Paradoxo:
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de
sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao
mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou
oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: "Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo:
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é
empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: "E pela paz derradeira1 que enfim vai nos redimir Deus lhe pague"
(Chico Buarque)
1 paz derradeira: morte
1 paz derradeira: morte
Gradação: Ocorre gradação quando há uma
seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves)
Hipérbole:
Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de
proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: "Rios te correrão dos
olhos, se chorares!" (Olavo Bilac)
Ironia: Ocorre ironia
quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o
contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é
depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
Prosopopéia: Ocorre
prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento,
ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres
inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres
animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como
este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e
levemente melancólico..."
Exemplos: "... os rios vão carregando as
queixas do caminho." (Raul Bopp)
Um frio inteligente (...) percorria o
jardim..." (Clarice Lispector)
Perífrase:
Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para
expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: "Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho)
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho)
FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a
desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem,
possíveis repetições ou omissões.
Elas podem ser construídas por:
a) omissão: assíndeto,
elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
Portanto, são figuras de linguagem de construção ou sintaxe:
a) assíndeto
e) elipse
i) zeugma
b) anáfora f) pleonasmo j) polissíndeto
c) anástrofe g) hiperbato l) sínquise
d) hipálage h) anacoluto m) silepse
b) anáfora f) pleonasmo j) polissíndeto
c) anástrofe g) hiperbato l) sínquise
d) hipálage h) anacoluto m) silepse
Assíndeto:
Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir
ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por
vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por
exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: "Não nos movemos, as mãos é que se estenderam
pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se."
(Machado de Assis)
Elipse: Ocorre elipse
quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou
subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições
ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e dinamismo.
Exemplo: "Veio sem pinturas, em vestido leve,
sandálias coloridas."
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
Zeugma:
Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é
suprimido, ficando subentendida sua repetição.
Exemplo: "Foi saqueada a vida, e assassinados os
partidários dos Felipes." 1
1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
Anáfora:
Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras
no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: "Depois o areal extenso...
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..." (Castro Alves)
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..." (Castro Alves)
Pleonasmo:
Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto
é, redundância de significado.
a) Pleonasmo
literário: É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia,
tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado como
um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: "Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira)
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira)
"Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
b) Pleonasmo
vicioso: É o desdobramento de idéias que já estavam implícitas em
palavras anteriormente expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois
não têm valor de reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do
sentido real das palavras.
Exemplos: subir para cima, entrar para
dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio
exclusivo, breve alocução, principal protagonista
Polissíndeto:
Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma
conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente
a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.
Exemplo: "Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
Anástrofe:
Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de palavras
vizinhas (determinante / determinado).
Exemplo: "Tão leve estou 1 que nem sombra tenho." (Mário
Quintana)
1 Estou tão leve...
1 Estou tão leve...
Hipérbato:
Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de membros
da frase.
Exemplo: "Passeiam à tarde, as belas na Avenida. "
1 (Carlos Drummond de Andrade)
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
Sínquise:
Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de
distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
Exemplo: "A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1
(Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Hipálage:
Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo:
uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma
frase.
Exemplo: "... as lojas loquazes dos
barbeiros." 2 (Eça de Queiros)
2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
Anacoluto:
Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático
com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do
período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida
- desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: "Essas empregadas de
hoje, não se pode confiar nelas." (Alcântara Machado)
Silepse: Ocorre silepse
quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas
associada.
a) Silepse
de gênero: Ocorre quando há discordância entre os gêneros gramaticais
(feminino ou masculino).
Exemplo: "Quando a gente
é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães
Rosa)
b) Silepse
de número: Ocorre quando há discordância envolvendo o número
gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de
todos lados, e gritavam."
(Mário Barreto)
c) Silepse
de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa
verbal: o sujeito que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: "Na noite seguinte estávamos
reunidas algumas pessoas." (Machado de Assis)
Assinar:
Postagens (Atom)